segunda-feira, 25 de julho de 2011

Inventar uma Vida

Liberdade quase infinita e solidão medonha e ordinária.
E não há certeza que assegure a imprecisão da vida.
"Mas o que pode ser mais extraordinário do que inventar uma vida, ainda que com todas as limitações do existir?" Eliane Brum

E assim seguimos os dias, a inventar, entonces!

"No mundo contemporâneo, cada um é o principal responsável pelas suas escolhas, pelos seus desejos e pelas suas desistências.[...] pela liberdade de se estrepar que a modernidade nos deu[...] Não é que não exista mais chão, mas ele é pantanoso, e cada um precisa escolher diante de um emaranhado de trilhas[...]o desafio que se impõe diante de cada um é a busca da sua singularidade[...] E esta é a busca de uma vida inteira[...]esta procura leva à invenção de nós mesmos – e nunca está nada resolvido, já que sempre podemos nos reinventar. Não sem limites, mas às voltas com eles[...]Queremos garantia onde não há nenhuma, sem perceber que o imprevisível pode nos levar a um lugar mais interessante. Podemos finalmente andar por aí desencaixotados, mas na primeira oportunidade nos jogamos de cabeça numa gaveta com rótulo. Ainda que disfarçada de vanguarda.[...]Mas o que pode ser mais extraordinário do que inventar uma vida, ainda que com todas as limitações do existir?"

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