terça-feira, 13 de janeiro de 2009

Um assovio seco, fino, dentro,
parecia dor.
Aridez?
é verão
não há mais gotas pra molhar!
Foi só a mira-lembrança
da larga e delicada ruína,
diferença?
avesso da memória,
beleza daquilo que nasce pela primeira vez.
Existir é arte de muita coisa,
fico exausta, rota, enxuta.
É que as vezes
sou estrangeira nas minhas recordações.
Noite quente
de passos tortos,
poros agudos,
esquinas secas.
É um calor grosso,
doce,
febre de quem dobra o impossível,
esperanças ressequidas.
E um verso insiste:
“essa água quieta desejando a sede”.
Nem é força ou ausência
É só uma brisa,
que não é tempo,
silêncio é um vento sozinho dentro da gente!

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